GESTÃO DE BASE: NÃO HÁ RESULTADO SEM QUALIFICAÇÃO.

A realidade prática das indústrias ocorre no chão de fábrica. É aqui que se concentra o maior número de colaboradores e o foco de melhoria da empresa. Os gestores de base são aquelas pessoas que na indústria atuam nesta realidade do chão de fábrica, muitas vezes, gerenciando equipes grandes, com 50, 100, 200 colaboradores. É através deste gestor que as pessoas da operação devem ser engajadas para o atingimento das metas operacionais. Muito se cobra em termos de rendimento e resultados deste gestor. É ele o responsável direto pela entrega final do produto.

Quando analisamos toda a responsabilidade atribuída aos gestores de base, fazemos a relação direta com as qualificações exigidas para os desafios diários da produção. E questionamos que critérios as empresas adotam para selecionar estes líderes, e qual o treinamento apropriado para que eles assumam a gestão de suas áreas.

Após anos trabalhando em consultoria em chão de fábrica, não vejo mudança nenhuma nos critérios, que aliás, se resume a um critério: competência técnica.  Assim também como não vejo preocupação maior na qualificação e até mapeamento de competências que devem ser desenvolvidas nesses gestores.

O resultado desse despreparo é um dia a dia estressante para essas pessoas em cargo de gestão, cuja principal preocupação torna-se o foco no resultado, muitas vezes se esquecendo que o resultado vem do comprometimento dos colaboradores. Esse comprometimento só é possível com gestão, aliança e engajamento. Muitos desses gestores, por despreparo, adotam uma “linha dura” de tratamento com seus colaboradores para a entrega dos resultados: no médio e longo prazo isso reduz o rendimento desses colaboradores e impacta negativamente os resultados.

Mas o que as indústrias devem fazer para melhorar esse cenário? A qualificação gerencial não pode restringir-se ao alto e médio escalão. A empresa deve ter como principal foco também de investimento em qualificação a figura desse gestor de base.

Para que ele saia da era do “comando e controle”, do manda quem pode e obedece quem tem juízo, e entre na era da gestão do conhecimento e do relacionamento, e seja capaz de enfrentar os desafios da indústria 4.0.

Sendo assim, em termos de qualificação para um gestor da era do conhecimento, penso que devem ser trabalhados aspectos comportamentais de gestão de pessoas que impactem diretamente o dia a dia de trabalho dele.

Esse gestor deve ser capaz de avaliar ferramentas que medem o clima organizacional e o impacto desse clima nos resultados da empresa. Deve conhecer ferramentas de comunicação para que consiga ser mais assertivo no seu dia a dia. Deve aprender o processo de coaching para desenvolver os colaboradores no dia a dia, no local de trabalho.

Enfim, é preciso que a empresa adote uma visão estratégica a fim de preparar esses gestores de base para a melhor condução dos colaboradores.

AUTORIA SÔNIA CERQUEIRA E COLABORAÇÃO ANTÔNIO CARLOS E GUILHERME CARVALHO.

Compartilhe:

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Você também pode se interessar por:

A evolução da subordinação e sua implicação na Negociação Coletiva

Não é de hoje que se debate no Mundo do Trabalho os reflexos trazidos pela evolução e desenvolvimento de mecanismos que melhoram a produção, reduzem custos, barateiam produtos e, por que não dizer, diminuem o esforço humano. Há benefícios e malefícios trazidos pelas novas tecnologias, mas, sem dúvida, destas tecnologias não se pode furtar, sob

Leia mais >

NOSSO APLICATIVO: ALFA ZERO

A WCCA – Consultores Associados em parceria com a SprintMind, apresenta o seu aplicativo  ” ALFA ZERO “. Crie um ambiente de Gestão Colaborativa entre o seu RH e a Produção, ajude o seus Gestores a terem visão estratégica do seu ambiente de trabalho.Agende uma apresentação online ou construa um projeto piloto com a nossa

Leia mais >

COMO PREPARAR SUA EMPRESA PARA O MUNDO POS-PANDEMIA?

“Preparing Your Business for a Post-Pandemic World” foi o tema explorado na Harvard Business Review (10/4/2020) por dois professores (1) da  Copenhagen Business School da Dinamarca. Vivemos uma pandemia global com impactos locais, mas os conceitos e práticas fundamentais de gestão são universais. É sempre útil refletir sobre  recomendações de especialistas internacionais, pois as empresas

Leia mais >