Comprometimento Sim! Envolvimento Não!

Norte Cultural (1920 x 650 px)

Você já se perguntou por que algumas pessoas são apenas espectadoras, enquanto outras assumem a responsabilidade e fazem a diferença? A resposta está na diferença entre comprometimento e envolvimento. Vamos explorar como a cultura do comprometimento pode transformar suas relações pessoais, profissionais e sociais.

Primeiro é bom definirmos o que é Cultura. Conjunto de princípios, padrões, valores que conduzem a forma de sentir, pensar e agir do indivíduo.

Na cultura do envolvimento, somos meros participantes, com relações superficiais com pessoas e situações. A mentalidade predominante é: “Isto não é problema meu”. Exemplos disso são comuns: em casa, achamos que educar os filhos é tarefa exclusiva do cônjuge; no trabalho, consideramos que uma lâmpada queimada é problema da manutenção, não nosso. Na sociedade, ignoramos problemas fora do nosso bairro, acreditando que é responsabilidade da prefeitura.

Por outro lado, na cultura do comprometimento, estamos integrados e agimos proativamente para resolver ou minimizar problemas. Adotamos a mentalidade de que “todos os problemas são problemas de todos”. Em casa, isso significa que, mesmo estando fora o dia todo, participamos ativamente na educação dos filhos. No trabalho, informamos à manutenção sobre a lâmpada queimada. Na sociedade, reportamos à prefeitura sobre o cano furado, ajudando a preservar o meio ambiente.

Feche os olhos por um momento e imagine o seguinte cenário:

Você está chegando em casa após um longo dia de trabalho. Ao entrar, vê que seus filhos estão fazendo a lição de casa. Em vez de deixar essa tarefa apenas para o seu cônjuge, você se aproxima e pergunta como foi o dia deles, oferecendo ajuda nas lições. Eles sorriem, felizes com seu interesse e apoio. Sentir-se parte ativa na educação deles enche seu coração de alegria.

Agora, visualize-se no trabalho. Você percebe que a lâmpada no corredor está queimada. Em vez de ignorar, você envia uma mensagem rápida para a equipe de manutenção, notificando-os sobre o problema. No dia seguinte, a lâmpada está consertada e o corredor está iluminado, graças à sua iniciativa. Seus colegas notam sua proatividade e começam a adotar a mesma atitude.

Finalmente, pense na sua comunidade. Você nota um cano furado fora do seu bairro, jorrando água. Mesmo sabendo que não é diretamente sua responsabilidade, você entra em contato com a prefeitura para reportar o problema. Poucos dias depois, o cano é consertado, evitando desperdício de água e contribuindo para o bem-estar ambiental.

Pró Ação Restritiva e Pró Ação Positiva

Embora sejamos imperfeitos, nosso objetivo é cultivar o comprometimento na maior parte do tempo, promovendo uma cultura positiva. A ferramenta chave aqui é a alavancagem, que nos impulsiona a tomar ações proativas, seja restringindo comportamentos negativos ou reforçando ações positivas.

Alavancar é tirar da inércia, dando dinâmica a algo que você identificou como um problema atual ou futuro. Mas não é simplesmente passar o problema adiante e sim ter vontade e interesse de ver aquele problema resolvido ou diminuído seus efeitos. Quando utilizo a alavancagem, demonstro meu comprometimento e faço o outro pensar sobre qual cultura ele quer praticar.

Exemplos de Alavancagem Restritiva: na família, converso com meu filho sobre notas baixas na escola, demonstrando possíveis consequências; no trabalho, dou um toque no meu colega sobre a forma dele tratar grosseiramente outro colega; na sociedade, escrevo para o síndico do meu condomínio sobre um problema identificado que pode gerar prejuízo.

Exemplos de Alavancagem de Reforço Positivo: na família, elogio e comemoro as boas notas que o filho trouxe da escola; no trabalho, agradeço a forma gentil que o colega me tratou e o elogio por tratar todos assim; na sociedade, escrevo ao síndico do meu condomínio sobre uma decisão que gerou bons resultados a todos, agradecendo e elogiando.

Exercício de Visualização

Feche os olhos novamente e visualize:

Seu filho chega em casa com uma nota baixa. Em vez de reagir com frustração, você se senta com ele e conversa sobre o que aconteceu, oferecendo suporte e sugestões de estudo. Ele se sente compreendido e motivado a melhorar.

No trabalho, você percebe que um colega está sendo grosseiro com outro. Em vez de ignorar, você o chama para uma conversa amigável, destacando a importância do respeito e colaboração. Ele aceita o feedback e começa a tratar os colegas com mais cortesia.

Na sua comunidade, você vê uma decisão do síndico que trouxe benefícios a todos. Você escreve uma carta de agradecimento, elogiando a ação positiva. Isso incentiva mais decisões benéficas no futuro.

Embora não possamos mudar as pessoas diretamente, temos o poder de inspirá-las a refletir e agir através da alavancagem. Quer transformar suas relações pessoais, profissionais e sociais? Comece hoje a praticar a cultura do comprometimento.

Entre em contato para descobrir como nossos treinamentos e palestras podem ajudá-lo a liderar essa mudança na sua empresa.

O que queremos nas nossas relações pessoais, profissionais e sociais?

Pessoas envolvidas ou comprometidas?

O processo de transformação dos padrões culturais e do paradigma dominante passa por nós.

Quer comprometimento? Dê comprometimento. A escolha é nossa.

Roberto Pereira Mendes

Consultor Organizacional da Wcca – Wilson Cerqueira Consultores Associados.

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