PADRÕES DE EXCELÊNCIA E EQUILÍBRIO ATITUDINAL

A busca por elevados padrões de excelência ou perfeição é natural nas organizações. Elas se desenvolvem, evoluem e crescem. E almejam se destacar e vencer numa ambiente cada vez mais competitivo.

Aretê, palavra grega que significa excelência e virtude, teria aparecido pela primeira vez há mais de 2.800 anos, no poema clássico Ilíada e Odisséia de Homero. Conceito do homem completo! Aquele capaz de desenvolver no mais alto grau qualidades superiores do ser: no nível, físico, emocional, mental e espiritual. O prazer proporcionado pela excelência se conecta a almejada felicidade.

Talentos: tornou-se um termo-chave no glossário de gestão de RH. A sociedade e as organizações cobram padrões de excelência das pessoas. E as pessoas cobram de si mesmas e idealizam: seja para atender a um padrão interior que estabeleceu para si, seja para atender padrões externos que outros lhe cobram. A pessoa busca nesse processo a segurança psicológica e o reconhecimento. Porém, é muito comum que esse esforço pessoal gere culpas e frustrações. Conforme a intensidade pode causar sérios desequilíbrios na vida das pessoas, organizações e sociedade. É fato histórico, que em tempos de grave crise econômica (1929 e 2008, são exemplos) aumenta significativamente o índice de suicídios: a autopunição de pessoas que se sentem fracassadas.

Mas qual o caminho da excelência? Para Aristóteles ela se relaciona com as emoções e ações, onde há três dosagens padrão: demais, muito pouco e meio termo. O meio termo é a virtude de permanecer na exata medida, o afastamento de todo e qualquer excesso: a moderação, a mais importante dentre as virtudes, segundo o notável filósofo. Ou seja: a essência do comportamento virtuoso é o equilíbrio.

Nessa trilha está a metodologia Kaizen Zero -K0 (1), de desenvolvimento da consciência e melhoria contínua de qualidade, que identifica também três padrões comportamentais:

 1.     Egocentrismo disfarçado de empatia (falso empático): pensa mais em si, e agrada o outro apenas para obter o que deseja, além de reconhecimento.

2.     Egocentrismo assumido e agressivo: não esconde que sempre pensa mais nos próprios interesses do que nos interesses alheios;

3.     Negociação: busca, de forma mais transparente e sincera, o atendimento tanto dos próprios interesses como dos interesses do outro. Há um saudável equilíbrio atitudinal.

Como obter os melhores padrões de excelência ajudando as pessoas a desenvolverem o equilibro atitudinal da negociação consigo mesmo e com os outros? Como edificar uma cultura em que sinceridade, autenticidade, honestidade e verdade sejam valores abraçados e praticados? Esta é uma Tarefa urgente para as organizações, o que exige coragem. Vale lembrar as raízes de coragem. Do francês courage e do latim coraticum, significa “disposição nobre e ação do coração”! (2)

AUTORIA: Antonio Carlos A. Telles – Consultor da WCCA. | COLABORAÇÃO: Guilherme Carvalho – Gerente de Relacionamento e Negócios da WCCA.

(1)  Apostila Kaizen Zero | (2)   Houaiss

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